domingo, 22 de novembro de 2009

CONSELHOS

Fabrício Carpinejar

Não percebo quando estou recebendo conselhos ou dando conselhos. Não há um aviso: preste atenção, isso vai servir para toda tua vida. Conselho não é cerca eletrônica. É falar com fraqueza. A fraqueza é franqueza. E ocorre no momento em que não se pretende convencer ninguém, muito menos a si. Conselho é a total falta de persuasão, desobrigação. As linhas que sublinhei num livro são meus pensamentos. As linhas que não sublinhei são conselhos. Conselho não pode ser ralhado. Não pode ser imposto, ditado, planejado. Não é necessariamente para ser seguido ou compreendido. Não se trata de uma explosão, mas de um estalo. Suave, despretensioso e que é capaz de ser descoberto anos depois. O que acreditava que serviria a minha vida não prestou e o que não acreditava resultou em ensinamento. Talvez olhar de cara feia seja o sinal de que é um conselho. Fui um menino religioso. Religioso de conversar com os pássaros, de tomar chuva para esfriar a cabeça, de descascar bergamota no sol e alcançar gomos ao cachorro. Rezava terços aos nove anos, toda noite, enquanto meu irmão menor lia a revista Placar e o mais velho a Playboy. Tinha que me manter atento nas pedras para não pular passagens. Acompanhava a mãe nas missas, recolhia o dízimo, participava de grupo de jovens. A missa foi o primeiro karaokê que participei. Não havia nota, o que me salvava do vexame. Cantava altamente desafinado. Cantar era gritar. Imaginava os vitrais como a geladeira da luz. A luz permanecia fria naquelas imagens, conservadas da mortalidade que suava e deformava. Minhas roupas encolhiam de repente. Me vestia mal para não chamar atenção. Chamava atenção porque me vestia mal. Contava meus pecados com detalhes. Aumentava meus pecados com volúpia. O padre tinha sono, arrulhava na cabine. Por muito tempo, confundi o confessionário com provador de roupa. Ainda são misteriosos os motivos da grade que separava o mundo de Deus dos fiéis. Deus merecia venezianas. Eu me envergonhava de não ter pecados. Roubava os pecados dos outros para me sentir mais santo, para ganhar confiança. Minha fé sempre foi maior do que a forma que encontrei para rezar. Eu só queria me salvar. Queria me salvar de mim mesmo. Custei a entender que não posso me dar conselhos - não me escuto ou me escuto tarde demais.


Minha saudade do Fabrcio. Sempre que podia visitava o seu blog. Adoro a sua sensibilidade, o seu jeito poético de falar das coisas simples do nosso dia a dia. Bjos, Fabrício,

Século XXI : Maior valor à ética do que ao conhecimento

"O planeta não vai ser salvo por quem tira notas altas nas provas, mas por aqueles que se importam com ele." Essa é uma das postulações do pesquisador norte-americano Howard Gardner. Vale a pena ler sua entrevista veiculada pela Revista Escola , deste mês.

Howard Gardner, que se dedica a estudar a forma como o pensamento se organiza, balançou as bases da Educação ao defender, em 1984, que a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. Segundo o psicólogo norte-americano, havia outros tipos de inteligência: musical, espacial, linguística, interpessoal, intrapessoal, corporal, naturalista e existencial. A Teoria das Inteligências Múltiplas atraiu a atenção dos professores, o que fez com que ele se aproximasse mais do mundo educacional. Hoje, Gardner tem um novo foco de pensamento, organizado no que chama de cinco mentes para o futuro, em que a ética se destaca. "Não basta ao homem ser inteligente. Mais do que tudo, é preciso ter caráter", diz, citando o filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson (1803-1882). E emenda: "O planeta não vai ser salvo por quem tira notas altas nas provas, mas por aqueles que se importam com ele".


Além de lecionar na Universidade de Harvard e na Boston School of Medicine, ele integra o grupo de pesquisa Good Work Project, que defende o comportamento ético. Esse trabalho e o impacto de suas ideias na Educação são temas desta entrevista concedida à NOVA ESCOLA em Curitiba, onde esteve em agosto, ministrando palestras para promover o livro Multiple Intelligences Around the World (Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo) ainda não editado no Brasil.

A Teoria das Inteligências Múltiplas causou grande impacto na Educação. Após 25 anos, o que mudou?


HOWARD GARDNER Durante centenas de anos, os psicólogos seguiam uma teoria: se você é inteligente, é assim para tudo. Se é mediano, se comporta dessa maneira todo o tempo. E, se você é burro, é burro sempre. Dizia-se que a inteligência era determinada pela genética e que era possível indicar quão inteligente é uma pessoa submetendo-a a testes. Minha teoria vai na contramão disso. Se você me pergunta se minhas ideias tiveram impacto significativo, eu digo que não. Não há escolas e cursos Gardner, mas pessoas que ouvem falar dessas coisas e tentam usá-las.

As escolas têm dificuldade em acompanhar mudanças como essa?

GARDNER As instituições de ensino mudam lentamente e estão preparando jovens para os séculos 19 e 20. Além disso, os docentes lecionam do modo como foram ensinados. Mesmo que sejam expostos a novos conhecimentos, é preciso que eles queiram aprender a usá-los. Se isso não ocorre, nada muda.

Como sua teoria pode ser incorporada às propostas pedagógicas?


GARDNER No livro Multiple Intelligences Around the World, lançado este ano, diversos autores descrevem como implementaram minhas ideias. Enfatizo duas delas: a primeira é a individualização. Os educadores devem conhecer ao máximo cada um de seus alunos e, assim, ensiná-los da maneira que eles melhor poderão aprender. A segunda é a pluralização. Isso significa que é necessário ensinar o que é importante de várias maneiras - histórias, debates, jogos, filmes, diagramas ou exercícios práticos.

Como fazer a individualização do ensino numa sala com 40 estudantes?


GARDNER Realmente é mais fácil individualizar o ensino numa sala com dez crianças e em instituições ricas. Mas, mesmo sem essas condições ideais, é possível: basta organizar grupos formados por aqueles que têm habilidades complementares e ensinar de modos diferentes. Se o professor entende a teoria, consegue lançar mão de outras formas de trabalhar - como explorar o que há no entorno da escola. Se ele acredita que só com equipamentos caros vai conseguir bons resultados em sala de aula, não entendeu a essência do pensamento.

A lista de conteúdos está cada vez maior. Como dar conta do programa e ainda variar a metodologia?


GARDNER É um erro enorme acreditar que por termos mais a aprender, necessitamos ensinar mais. A questão central é que várias coisas que antes tinham de ser memorizadas agora estão facilmente disponíveis para pesquisa. Colocar uma quantidade cada vez maior de informação na cabeça da garotada é um desastre. Infelizmente, essa é uma prática comum em diversos cantos do mundo. Depois de viajar muito, posso afirmar que o interesse de diversos ministros da Educação é apenas fazer com que seu país se saia bem nos testes internacionais de avaliação. E isso é ridículo.

Qual a sua avaliação sobre a Educação brasileira?


GARDNER Acredito que, se o Brasil quer ser uma força importante no século 21, tem de buscar uma forma de educar que tenha mais a ver com seu povo, e não apenas imitar experiências de fora, como as dos Estados Unidos e da Europa.

O país precisa se olhar no espelho, em vez de ficar olhando a bússola. Sua teoria inclui um um método adequado de avaliá-la?


GARDNER Gastamos bilhões de dólares desenvolvendo testes para medir o nível em que está a Educação, mas eles, por si só, não ajudam a aprimorá-la - simplesmente nos dizem quem está melhor ou pior. Para saber isso, basta olhar para as notas. A diferença dos testes de inteligências múltiplas é que é necessário aplicá-los somente naqueles que têm dificuldades. Assim, podemos verificar as formas de ensinar mais adequadas a eles, ajudando todos - e a Educação, de fato.

Os testes de QI sofreram muitas críticas de sua parte. Por quê?


GARDNER A maior parte dos testes mede a inteligência lógica e de linguagem. Quem é bom nas duas é bom aluno. Enquanto estiver na escola, pensará que é inteligente. Porém, se decidir dar um passeio pela cidade, rapidamente descobrirá que outras habilidades fazem falta, como a espacial e a intrapessoal - a capacidade que cada um tem de conhecer a si mesmo, fundamental hoje.

De que forma essa habilidade pode ser determinante para o sucesso?


GARDNER Ela não era importante no passado porque apenas repetíamos o comportamento dos nossos pais. Agora, todos necessitamos tomar decisões sobre onde morar, que carreira seguir e se é hora de casar e de ter uma família. E quem não tem um entendimento de si mesmo comete um erro atrás do outro.

Qual o desafio do mundo para os próximos anos em relação à Educação?


GARDNER Estamos vivendo três poderosas revoluções. Uma delas é a globalização. As pessoas trabalham em empresas multinacionais e mudam de país, o que é bem diferente de quando as populações não tinham contato umas com as outras. A segunda revolução é a biológica. Todos os dias, o conhecimento científico se aprimora e isso afeta a maneira de ensinar e de aprender. O cérebro das crianças poderá ser fotografado no momento em que estiver funcionando, permitindo detectar onde estão os pontos fortes e os fracos e a melhor forma de aprender. A terceira revolução é a digital, que envolve realidade virtual, programas de mensagens instantâneas e redes sociais. Tudo isso vai interferir na forma de pensar a Educação no futuro.

O livro Cinco Mentes para o Futuro aborda as características essenciais a ser desenvolvidas pelos humanos. Como isso se relaciona com as inteligências múltiplas?


GARDNER As cinco mentes não estão conectadas com as inteligências e são possibilidades que devemos nutrir. A primeira é a mente disciplinada - se queremos ser bons em algo, temos de nos esforçar todos os dias. Isso costuma ser difícil para os jovens, que mudam rapidamente de uma tarefa para outra. Essa mente pressupõe ainda a necessidade de compreender as formas de raciocínio que desenvolvemos: histórica, matemática, artística e científica. O problema é que muitas escolas ensinam somente fatos e informações.

Como lidar com o excesso de informações a que temos acesso hoje?


GARDNER Essa capacidade é dominada por um segundo tipo de mente, a sintetizadora. Ela nos aponta em que prestar atenção e como os dados podem ser combinados. É preciso ter critério para fazer julgamentos e saber como comunicar-se de forma sintética. Para os educadores, era mais fácil sintetizar quando usavam-se apenas um ou dois livros.


Qual é o terceiro tipo de mente?


GARDNER A criativa. Ela levanta novas questões, cria soluções e é inovadora. Pessoas desse tipo gostam de se arriscar e não se importam de errar e tentar de novo. Essa é a mente que pensa fora da caixa. Mas você só consegue isso quando tem uma caixa: disciplina e síntese. Por isso, o conselho que dou é dominar a disciplina na juventude para ter mais tempo de ser criativo.

O livro aponta também habilidades associadas a virtudes morais.


GARDNER Uma delas envolve o respeito - e é mais fácil explicar a mente respeitosa do que alcançá-la. Ela começa com o reconhecimento de que cada ser humano é único e, por isso, tem crenças e valores diferentes. A questão é o que fazemos com essa conclusão. Nós podemos matar e discriminar os diferentes ou tentar entendê-los e cooperar com eles. Desde que nascem, os humanos percebem se vivem em um ambiente respeitoso. Observam como os pais se relacionam e tratam os filhos, como os mestres interagem com os colegas e com os estudantes e assim por diante. O respeito está na superfície.

Essa última habilidade se relaciona à ética, certo?


GARDNER Sim. No que se refere à ética, é necessário imaginar-se com múltiplos papéis: ser humano, profissional e cidadão do mundo. O que fazemos não afeta uma rua, mas o planeta. Temos de pensar nos nossos direitos, mas também nas responsabilidades. O mais difícil com relação à ética é fazer a coisa certa mesmo quando essa atitude não atende aos nossos interesses. Ao resumir esses dois últimos tipos de mente, eu diria que pessoas que têm atitudes éticas merecem respeito. O problema é que muitas vezes respeitamos alguém só pelo dinheiro ou pela fama. O mundo certamente seria melhor se dirigíssemos nosso respeito às pessoas extremamente éticas.

O ideal é que as cinco mentes sejam desenvolvidas?


GARDNER Sim. No entanto, elas não se adaptam umas às outras de forma fácil. Sempre haverá tensão entre a disciplina e a criatividade e entre o respeito e a ética. Cabe a você respeitar colegas e superiores, mas, se eles fizerem algo errado, como agir? Ignorar o fato ou confrontá-los? Saber conciliar os diferentes tipos de mente é um desafio para a inteligência intrapessoal. Só você pode se entender e achar seu caminho.

Um dos focos de sua atuação, o projeto Good Work, prevê a formação de bons trabalhadores. Como eles podem ser identificados?


GARDNER Eles possuem excelência técnica, são altamente disciplinados, engajados e envolvidos e gostam do que fazem. Além disso, também são éticos. Estão sempre se questionando sobre que atitudes tomar, levando em conta a moral e a responsabilidade e não o que interessa para o bolso deles. O bom cidadão se envolve nas decisões, participa, conhece as regras e as leis: isso é excelência. Por último, não tenta se beneficiar à custa disso. Há pessoas bem informadas que só promovem o próprio interesse. O bom cidadão não pergunta o que é bom para ele, mas para o país.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/dificil-fazer-certo-se-isso-contraria-nossos-interesses-

NOSSO ÚLTIMO ENCONTRO COM A UNB

Nos dias 22 e 23 de Outubro tivemos o nosso último encontro com a UNB. Ficamos felizes com a presença da nossa Formadora Izabel, pois no mês de maio sentimos bastante a sua ausência.
A finalidade maior deste momento foi deixar o registro da nossa caminhada GESTÁLICA e fazermos uma restrospectiva e avaliação sobre o nosso trabalho.

Começamos com muito entusiasmo e expectativas o programa Gestar 2 na GRE-Recife-Sul, no dia 16 de Abril.
Eu, Myriam Tereza, fiquei na Escola Martins Júnior onde leciono.
Neste primeiro encontro foi exposto a finalidade e os objetivos do Programa: aperfeiçoar e ampliar os conhecimentos em nossa área (Língua Portuguesa) assim como a troca de experiências.
Foi enriquecedor sentir o entusiasmo e o interesse dos Cursistas, pois faz muitos anos que não acontecia um tipo de capacitação desta maneira: CONTINUADA.
Ao final no encontro esclareci algumas dúvidas e expliquei como será a nossa avaliação.Planejamos as atividades e dinâmicas de grupo juntas(as formadoras), embora cada uma com uma realidade diferente, pois alguns Diretores tiveram resistência quanto ao PROJETO.
Aproveito para agradecer o apoio da Gestora Mônica Lucena.
No meu grupo inscreveram-se 15 Cursistas, porém quatro não puderam dar continuidade. O governo do estado de PE abriu este ano vários polos nas Universidades: Públicas e Particulares do Recife para capacitar os professores com cursos de Especialização e Atualização. Dois dos Cursistas desistiram por estarem engajados nos mesmos e outros dois por motivo de saúde.
O nosso grupo desde o 1º encontro até hoje demonstra responsabilidade com as atividades dos TPs e dos AAs, embora todos, com exceção apenas de uma, têm no mínimo dois vínculos empregatícios, logo nem sempre pode cumprir todas as tarefas exigidas pelo Programa.
Neste último encontro com a UNB foi um momento de muita riqueza pelas trocas de experiências bem como as apresentações dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos em vários municípios de PE.
Parabenizo áqueles municípios em que os gestores em educação se engajaram e deram forças aos seus FORMADORES, como o pessaol de : Petrolina, Araripina e São josé do Egito.
Existiram pedras nos nossos caminhos de Formador da GRE-Recife-Sul, mas com dignidade, respeito e ética superamos algumas, outras,servirão como aprendizado como educador.
Quero deixar meus agradecimentos a todos que diretamente e indiretamente contribuiram para o meu crescimento profissional como formadora da 1ª turma do Gestar 2 em PE, especificmente da GRE- Recife-Sul. Parabenizo os Cursistas pelo apoio, construção e contribuição dessa jornada.
Obrigada Izabel,pela compreensão e carinho com as nossas aflições.

domingo, 18 de outubro de 2009

HOMENAGEM AO DIA DOS PROFESSORES

APRENDI E DECIDI
Walt Disney
E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.Naquele dia, descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido.Deixei de me importar com quem ganha ou perde; agora, me importa simplesmente saber melhor o que fazer.Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.Aprendi que o melhor triunfo que posso ter, é ter o direito de chamar alguém de "AMIGO".Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, “o amor é uma filosofia de vida ”Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser a minha própria tênue luz deste presente.Aprendi que de nada serve ser luz se não vai iluminar o caminho dos demais.Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...Naquele dia, aprendi que os sonhos são somente pra fazer-se realidade.E desde aquele dia já não durmo para descansar... agora simplesmente durmo para sonhar.

sábado, 17 de outubro de 2009

LIBERDADE É PODER SE EXPRESSAR

O TP-1 tem como objetivo direcionar a reflexão sobre as possibilidades de uso da língua em diferentes contextos sociais, permitindo-nos fazer escolhas adequadas da fala e da escrita, de acordo com as nossas intenções de produção, bem como compreender as escolhas linguísticas dos nossos interlocutores.
A discriminação linguística tem um destaque especial em nossa discussão, pois é pela linguagem que as pessoas se reconhecem e reconhecem os outros na vida pessoal, interpessoal e social.
No primeiro momento comecei fazendo alguns questionamentos:
"Há situações de fala e escrita em que você(professor)se sente/ ou sentiu totalmente despreparado para participar?"
"Quais são ou foram elas?"
"Por que se sente ou sentiu despreparado?"
"Como resolve u resolveu este problema?"
"Enfrenta-o ou abandona a situação?"
Para nossa surpresa, todos já passaram por situações inusitadas. Uma Cursista respondeu que vivenciou esta situação na prova teórica do Mestrado, pois se sentiu insegura com alguns questionamentos e a partir daquele momento começou a enrolar. Ela observou que o problema estava em adequar a fala às expectativas dos interlocutores naquele momento específico e constatou que àquela situação estava sendo totalmente avaliativa, pois através das suas respostas tinha-se uma medida sobre as competências performativas da mesma.
Depois desta discussão lemos o texto de Maria Antonieta Cunha que trata sobre: Variantes linguísticas: dialetos e registros.
Fizemos a leitura de alguns textos do TP-1, Unidade 1 onde discutimos sobre : Variação linguística e Cultura.
Dividi o grupo em quatro e pedi para cada um produzir um texto de acordo com o dialeto sorteado(profissional, etário, regional e deGênero).
Depois das apresentações, lemos o texto de L~edo Ivo que tem como título : "O ferrador de Cavalos"; este nos serviu de pretexto para discutimos os temas: Língua, Cultura e Variações linguísticas.
Coloquei a música do grupo Natiruts que trata do mesmo tema.
Levei para o encontro alguns slides que retratam a cultura Pernambucana e por último damos destaque a seção 2 da Unidade 2 - em que o texto literário foge perfeitamente dos padrões ditados pela norma culta e tem um status especial, uma vez que se utiliza das variantes de determinados grupos sociais como recurso estilístico.
Foi um encontro bastante dinâmico, pois houve MUITAAAAA DISCUSSÃO SOBRE "A LÍNGUA DE EULÁLIA"!!!!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A argumentação na interação social



Nesta oficina do dia 17/09/09 , para motivá-los a uma nova discussão sobre o TP-6 ( que trata da “Leitura e processos de escrita II), pedi que a turma fosse dividida em três grupos. Cada grupo teria de definir e dissertar oralmente as seguintes palavras:
ARGUMENTAR, PERSUADIR e CONVENCER.
Esta discussão foi ÓTIMAAAA!!! Concluímos que existe uma inter-relação entre as mesmas, pois para argumentar você precisa persuadir, ou seja, persuasão é a forma como a linguagem é utilizada a convencer o receptor da informação que está sendo recebida, é um mecanismo de convencimento pela palavra e isto só acontece através de uma boa argumentação.
Para muitos, a palavra “ PERSUADIR” tem um valor depreciativo; sinônimo de enganar, ludibriar, utilizar de argumentos para tornar uma mentira, verdade.
Logo após esta conclusão, pedi para que lêssemos o texto de referência de J. L. Fiorin e Platão Savioli sobre o tema abordado e destacamos a seguinte frase: “ Em geral, pensa-se que argumentar é extrair conclusões lógicas de premissas colocadas anteriormente, como no silogismo, forma de raciocínio em que duas proposições iniciais se extrai uma conclusão necessária”
Para ilustrar este contexto e a discussão, um de nossos cursistas (Anderson Cariri) trouxe um slide com vários silogismos, alguns engrançados por não terem verdades absolutas mas serem inteligentes quando verificamos o valor semântico do texto.
Fizemos duas atividades da seção da Unidade 21. As atividades 4 e 6, sendo esta última encenada por dois cursistas :Luciene (Helga) e Rangel (Hagar).
Logo após, introduzi as unidades 22 e 23 com o DVD de Hermínio Sargentim que trata de algumas habilidades de produção textual. Só vimos a 1ª habilidade : A teatralização na escrita.
Foi um momento de descontração e reflexão em relação aos trabalhos que são realizados em sala de aula. Afinal, como estamos planejando essas atividades?
Uma das formas de trabalhar esta competência é levar para escola situações orais que acontecem no dia-a-dia para proporcionar aos alunos questões de argumentação e raciocínio crítico. Temos de valorizar a reflexão, saindo do ensino normativo para um ensino reflexivo. Vimos o slide da profª. Drª Patrícia Gomes no qual aborda 10 passos para a revisão textual.
Sabemos que quando os nossos alunos chegam à escola eles já possuem uma competência comunicativa, portanto a escola não ensina a língua, mas ensina formas de fazer uso dela nas ações corriqueiras de escrita e oralidade.
Destacamos neste encontro a compreensão, análise e produção textual. A concepção de produção textual abordada por nós é a sociointerativa.
Analisamos o texto da Prof. Tamar que aborda “uma conversa sobre a produção escrita na escola”
No segundo momento tirei xérox de 4 atividades do AA-6 e pedi para que os grupos elaborassem uma aula em que contemplassem a escrita, a revisão e edição.
Os grupos apresentaram os seus trabalhos destacando a importância da escrita e a sua função social. Deram destaques aos elementos que devemos observar ao produzir um texto, como : a intencionalidade do autor, a informatividade do texto e o receptor. Logo após criaram mecanismos de revisão e correção que inovaram em termos didáticos-pedagógicos, deixando assim, uma nova forma de avaliação.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Projetos x Introdução ao TP-6


Neste dia, três de Setembro, desenvolvemos a oficina em dois momentos: no primeiro momento resgatamos a socialização dos projetos que estão sendo desenvolvidos pelos Cursistas; e no segundo, introduzimos o TP-6.
Observamos um grande entusiasmo do grupo em relação aos projetos.
Compartilhamos ideias e estratégias para a valorização e uma boa execução dos mesmos; selecionamos informações a fim de ajudar e aprofundar determinado tema.
Levamos material para apoio. Todos já sabem o tema um do outro; logo, quando temos algum suporte que poderá contribuir para o desenvolvimento de alguma atividade, selecionamos para tal Cursista. Há uma responsabilidade mútua; com isto, a interação entre eles dar-se de uma maneira prazerosa e acolhedora.
No segundo momento, levei duas propagandas: uma da Natura sobre Consultoria e a outra, a importância da escolha de uma boa agência publicitária para venda de produtos.
Os grupos tinham como objetivo persuadir os interlocutores, a fim de deixarem os seus "possíveis oponentes" sem argumento, sem reação possível que não fosse aquela esperada pelo próprio grupo.
Ao trabalharmos com este gênero, analisamos que foi utilizada uma linguagem coloquial envolvente, apelando para o diálogo, estabelecendo assim, uma interlocução e empatia com o produto que estava sendo anunciado.
Fizemos uma comparação entre os textos elaborados pelos Cursistas e os verdadeiros argumentos utilizados pelas propagandas.
Parece-me que, os argumentos dos Cursistas foram mais convincentes; sendo assim, melhor elaborado.
Depois, analisamos através de slides três tipos de anúncio publicitário: um inteligente, revestido de criatividade e humor, o segundo continha propaggandas que foram censuradas por usarem argumentos excludentes e o último sobre "os novos cinquestões" de Mário Prata.
Este material enriqueceu o nosso encontro, pois enfocamos vários elementos que envolve o tema : "ARGUMENTAÇÃO"!!!