quarta-feira, 29 de julho de 2009

Game: Aproveitem para testar a sua aprendizagem!

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Bjooos Myriam...

sábado, 18 de julho de 2009

Letramento no contexto escolar


Nosso 5º encontro houve uma discussão muito rica sobre LETRAMENTO, ALFABETIZAÇÃO, ESCOLARIZAÇÃO....
Diante dos grandes desafios educacionais quando discutimos estes temas observamos que por trás de todos estes elementos há a questão política. Infelizmente, no Brasil, quase um terço da população possui baixos níveis de letramento. O problema do analfabetismo é parte de um problema maior: da desigualdade social, da injustiça social, da exclusão social. Os dados do Saeb não nos deixam mentir. Entre os jovens e adultos, considerando-se aqueles que têm mais de 15 anos, cerca de 13% são analfabetos, ainda que um terço deles já tenha passado pelo Ensino Fundamental. Dentre as crianças, mais da metade das que chegam à 4ª série não têm apresentado um rendimento adequado de leitura. Isto muitas vezes agrava-se até o Ensino Médio.
Esses dados nos levam a refletir: o que acontece com o nosso país? O que acontece em nossas escolas? Por que parte significativa de nossas crianças não se alfabetiza? Por que o Brasil é um dos países que mais se arrecada em termos de tributos e é um dos que menos investe em dois elementos básicos para uma sociedade viver dignamente: EDUCAÇÃO e SAÚDE? POR QUÊ? E por que calamos ou achamos que está tudo em perfeita harmonia, contribuindo assim, para esta herança histórica?
Segundo Magda Soares:
“dissociar alfabetização de letramento é um equívoco porque,no quadro das atuais concepções psicológicas, lingüísticas e psicolingüísticas de leitura e escrita, a entrada da criança ( e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita se dá simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema
em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. Não são processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização se desenvolve no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só pode desenvolver-se no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema/ grafema, isto é, em dependência da alfabetização.”
Magda Soares participou ativamente deste encontro, seja através dos seus questionamentos como de textos complementares.
Este nosso trabalho não se esgota aqui, muito pelo contrário, com as reflexões que tivemos e sugestões esboçadas devemos desafiar Ziraldo quando diz: “ler é melhor que estudar”. Esta frase reflete a ineficiência da escola e à sua distância em relação às práticas sociais significativas.
Infelizmente, “ler” continua sendo coisa das elites.
Embora tenhamos hoje, uma grande parcela da nossa população que estuda, porém não sabe ler. Mais um desafio pra nós, professores de Língua Portuguesa.
Segundo Roxane Rojo “ A escolarização, no caso da sociedade brasileira, não leva à formação de leitores e produtores de texto proficientes e eficazes e, às vezes, chega mesmo a impedi-la”.
Logo, se analisarmos as propostas dos PCN verificamos um avanço quando nos referimos ao respeito à pluralidade cultural do país assim como, dar relevância à práticas e atividades escolares mais próximas da realidade de cada aluno. Caberá a cada um de nós, professores de língua Portuguesa do Ensino Fundamental fazermos a diferença.