terça-feira, 29 de setembro de 2009

A argumentação na interação social



Nesta oficina do dia 17/09/09 , para motivá-los a uma nova discussão sobre o TP-6 ( que trata da “Leitura e processos de escrita II), pedi que a turma fosse dividida em três grupos. Cada grupo teria de definir e dissertar oralmente as seguintes palavras:
ARGUMENTAR, PERSUADIR e CONVENCER.
Esta discussão foi ÓTIMAAAA!!! Concluímos que existe uma inter-relação entre as mesmas, pois para argumentar você precisa persuadir, ou seja, persuasão é a forma como a linguagem é utilizada a convencer o receptor da informação que está sendo recebida, é um mecanismo de convencimento pela palavra e isto só acontece através de uma boa argumentação.
Para muitos, a palavra “ PERSUADIR” tem um valor depreciativo; sinônimo de enganar, ludibriar, utilizar de argumentos para tornar uma mentira, verdade.
Logo após esta conclusão, pedi para que lêssemos o texto de referência de J. L. Fiorin e Platão Savioli sobre o tema abordado e destacamos a seguinte frase: “ Em geral, pensa-se que argumentar é extrair conclusões lógicas de premissas colocadas anteriormente, como no silogismo, forma de raciocínio em que duas proposições iniciais se extrai uma conclusão necessária”
Para ilustrar este contexto e a discussão, um de nossos cursistas (Anderson Cariri) trouxe um slide com vários silogismos, alguns engrançados por não terem verdades absolutas mas serem inteligentes quando verificamos o valor semântico do texto.
Fizemos duas atividades da seção da Unidade 21. As atividades 4 e 6, sendo esta última encenada por dois cursistas :Luciene (Helga) e Rangel (Hagar).
Logo após, introduzi as unidades 22 e 23 com o DVD de Hermínio Sargentim que trata de algumas habilidades de produção textual. Só vimos a 1ª habilidade : A teatralização na escrita.
Foi um momento de descontração e reflexão em relação aos trabalhos que são realizados em sala de aula. Afinal, como estamos planejando essas atividades?
Uma das formas de trabalhar esta competência é levar para escola situações orais que acontecem no dia-a-dia para proporcionar aos alunos questões de argumentação e raciocínio crítico. Temos de valorizar a reflexão, saindo do ensino normativo para um ensino reflexivo. Vimos o slide da profª. Drª Patrícia Gomes no qual aborda 10 passos para a revisão textual.
Sabemos que quando os nossos alunos chegam à escola eles já possuem uma competência comunicativa, portanto a escola não ensina a língua, mas ensina formas de fazer uso dela nas ações corriqueiras de escrita e oralidade.
Destacamos neste encontro a compreensão, análise e produção textual. A concepção de produção textual abordada por nós é a sociointerativa.
Analisamos o texto da Prof. Tamar que aborda “uma conversa sobre a produção escrita na escola”
No segundo momento tirei xérox de 4 atividades do AA-6 e pedi para que os grupos elaborassem uma aula em que contemplassem a escrita, a revisão e edição.
Os grupos apresentaram os seus trabalhos destacando a importância da escrita e a sua função social. Deram destaques aos elementos que devemos observar ao produzir um texto, como : a intencionalidade do autor, a informatividade do texto e o receptor. Logo após criaram mecanismos de revisão e correção que inovaram em termos didáticos-pedagógicos, deixando assim, uma nova forma de avaliação.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Projetos x Introdução ao TP-6


Neste dia, três de Setembro, desenvolvemos a oficina em dois momentos: no primeiro momento resgatamos a socialização dos projetos que estão sendo desenvolvidos pelos Cursistas; e no segundo, introduzimos o TP-6.
Observamos um grande entusiasmo do grupo em relação aos projetos.
Compartilhamos ideias e estratégias para a valorização e uma boa execução dos mesmos; selecionamos informações a fim de ajudar e aprofundar determinado tema.
Levamos material para apoio. Todos já sabem o tema um do outro; logo, quando temos algum suporte que poderá contribuir para o desenvolvimento de alguma atividade, selecionamos para tal Cursista. Há uma responsabilidade mútua; com isto, a interação entre eles dar-se de uma maneira prazerosa e acolhedora.
No segundo momento, levei duas propagandas: uma da Natura sobre Consultoria e a outra, a importância da escolha de uma boa agência publicitária para venda de produtos.
Os grupos tinham como objetivo persuadir os interlocutores, a fim de deixarem os seus "possíveis oponentes" sem argumento, sem reação possível que não fosse aquela esperada pelo próprio grupo.
Ao trabalharmos com este gênero, analisamos que foi utilizada uma linguagem coloquial envolvente, apelando para o diálogo, estabelecendo assim, uma interlocução e empatia com o produto que estava sendo anunciado.
Fizemos uma comparação entre os textos elaborados pelos Cursistas e os verdadeiros argumentos utilizados pelas propagandas.
Parece-me que, os argumentos dos Cursistas foram mais convincentes; sendo assim, melhor elaborado.
Depois, analisamos através de slides três tipos de anúncio publicitário: um inteligente, revestido de criatividade e humor, o segundo continha propaggandas que foram censuradas por usarem argumentos excludentes e o último sobre "os novos cinquestões" de Mário Prata.
Este material enriqueceu o nosso encontro, pois enfocamos vários elementos que envolve o tema : "ARGUMENTAÇÃO"!!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

7º Encontro: A Tessitura nos textos

Analisamos nesta oficina ( 20/08/09) os seguintes objetivos:

· Caracterizar a coerência na inter-relação entre textos verbais e não verbais.
· Verificar como se constrói a coerência nos textos.
· Analisar mecanismos de coesão referencial e seqüencial.

Entreguei aos Cursistas o texto “ Uma história sem pé nem cabeça” para retornarmos ao assunto “COERÊNCIA TEXTUAL”.
Observamos que uma das pistas que colaboraram para a ordenação dos fatos foi a pontuação.
A pontuação sendo um dos principais recursos de estilo, ajudou-nos a tornar o texto compreensivo.
Observou-se que no texto não existia quase conectivos, logo lembramos do que nos diz Koch e Travaglia no livro : “ A coerência textual”. Segundo os autores: “A coerência está diretamente ligada à possibilidade de se estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é o que faz com que o texto faça sentido para os usuários, devendo, portanto, ser entendida como um princípio de interpretabilidade, ligada à inteligibilidade do texto”.
Depois deste momento de discussão, fomos analisar uma ficha que havia preparado com alguns ENIGMAS. Era mais uma forma de analisarmos o fator da coerência em textos não-verbais.
Vimos através de slides textos produzidos por alunos onde refletimos sobre coerência X incoerência, assim como o trabalho da Prof. Patrícia Vieira Gomes.
Fizemos uma nova dinâmica: entreguei a quatro Cursistas um cartaz e cada um continha uma foto de uma pessoa famosa para que os mesmos incorporassem esta personagem, destacando suas atitudes, características físicas e psicológicas. Os demais Cursistas fariam perguntas e através das respostas verificaríamos quem era quem e mais uma vez estudaríamos o processo de coerência através das pistas veiculadas pela linguagem oral.
Nosso último momento foi com o texto de Rubem Alves “Os urubus e sabiás” que faz parte da obra De Ingedore Koch “Coesão textual”.
Digitei o texto com as perguntas que tratam dos mecanismos de coesão gramatical e semântico para que pudesse ser utilizado também pelos alunos.
Discutimos as respostas e logo depois entreguei a xérox deste capítulo para aprofundarmos o nosso estudo.
Acredito ter sido um encontro bastante produtivo, pois são através destes momentos que estamos nos dando a oportunidade de enriquecermos a nossa prática pedagógica, assim como estudarmos juntos e refletirmos sobre nossas atividades. O nosso grupo é bastante harmonioso e sempre estamos trocando conhecimento através das nossas falas e de materiais diversos como : slides, filmes, textos interessantes ....Sentimos saudades e falta quando um não pode ir ao encontro. Nosso tempo como profissional da área da Educação é curto, porém nestes momentos esquecemos um pouco todas as controvérsias do nosso dia a dia e nos deleitamos com o prazer de estarmos juntos e atuarmos na mesma área.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Aulão no CFSH




No dia 30 de julho fizemos um grande encontro. Reunimos todos os Cursistas da GRE Recife-Sul no auditório do CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas.
O nosso objetivo era contemplar os TPs 3 e 4 , assim como a socialização do grupo. Houve a apresentação da equipe de formadoras : na nossa GRE somos sete (eu, Eliane Ribeiro, Izabel Cristina, Flávia Luísa, Norma, Lídia Santos e Ricarda). Apenas uma não compareceu por motivos maiores.
Lídia fez a abertura com o texto de Gabriel Perissé, Professores Apaixonados.
A formadora Flávia Luísa apresentou a proposta do Gestar 2. O nosso encontro foi num clima de muito entusiasmo, compromisso e descontração.Professores de diversas faixas etárias estavam juntos compartilhando saberes .
Em um dos momentos da apresentação, um grupo criou uma Paródia que contagiou a platéia com o seu refrão. Observem a letra:
PARÓDIA

Os cursistas do gestar chegaram para ampliar
Os seus conhecimentos eles vão aumentar
Com a língua portuguesa eles vão arrasar
Então vamos todos comigo cantar
(Refrão)
Cadê a inclusão no gestar tem
Cadê a participação no gestar tem
Cadê a transformação no gestar tem
E com os professores eles vão além

Ouvir é importante e é fundamental
Na vida do cursista isto é essencial
Ouvir, falar e ler isso é demais
E todos acabam profissionais

Cumprir com seus deveres é obrigação
Receber os seus certificados todos sabem que vão
Participando das atividades ansiosos estão
Aplicando suas praticas com muito tesão.

Neste dia, ainda estávamos em greve e muitos de nossos professores ficaram com os seus salários bloqueados até o dia 05 de Agosto como forma de repressão e castigo por terem entrado em greve, mas mesmo com todos esses entraves e outros que aconteceram nós estávamos lá para abrilhantar mais o nosso Estado.
Ficamos muito orgulhosas de nós mesmas.
Nossa coordenadora, Eliane Manso, finalizou com um discurso contagiado de emoção.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

6º encontro-Desafios atuais nas práticas de leitura e escrita



Retornamos o nosso encontro no dia 23 de julho. Éramos para ter retornado dia 16, porém aqui em Recife este dia é feriado : dia da padroeira – Nossa Senhora do Carmo.
Como no dia 20 havia sido o dia do “Amigo” entreguei uma carta elaborada por mim em relação ao prazer do retorno dos cursistas, também aproveitei para vivenciar o poema de Drummond “Canção Amiga” que Miltom Nascimento musicou no seu CD “clube da esquina 2”.
Após este momento de aconchego passei fragmentos do filme “Um poeta de sete faces” que retrata algumas obras de Drummond do produtor Paulo Thiago. Discutimos sobre os dois temas : AMIZADE e CIDADE a partir do texto “Cidadezinha qualquer” do também amado poeta mineiro.
Sugeri a elaboração de um plano de aula em cima destes dois temas, mas foi unânime a escolha do segundo texto. Os grupos foram divididos por séries.
Discutimos sobre a necessidade de cultivar o hábito da leitura e sobre a nossa responsabilidade na formação de leitores competentes. Sabemos que a condição de sujeito letrado se constrói nas experiências culturais com práticas de leitura e escrita, porém o que se observa é a falta de democratização neste mundo.
Os grupos apresentaram as suas análises e construíram seus planejamentos. Fizemos a leitura do texto de Kleiman “ Por que meu aluno não lê? “
Destacamos alguns fragmentos como: “ninguém gosta de fazer aquilo que é difícil demais, nem aquilo do qual não consegue extrair o sentido.” Assim mesmo acontece com a leitura: ela tem de fazer sentido.
Fizemos também a leitura de alguns artigos do livro :” Prática de leitura e escrita” produzidos para séries do Salto para o Futuro.Os nossos debates se intensificaram a partir do momento que observávamos os problemas no dia a dia, possibilitando assim, algumas sugestões, como :Precisamos chegar mais perto dos nossos alunos e saber : como eles criam, vivem, sobrevivem? No que acreditam, o que falam, o que sonham?
A arte da palavra e a leitura do imaginário se caracterizam por um certo grau de imprevisibilidade dos acontecimentos.
Incorporar ao academicismo os saberes de origem popular para quebrar um pouco a muralha que ainda existe entre cultura e educação, talvez desta forma o processo de leitura tenha outro sabor: o sabor de saber.
Logo, concluímos o nosso estudo do TP-4 que trata sobre “leitura e processo de escrita” destacando que é necessário propiciar nas nossas aulas a dinamização da cultura viva, diversificada e criativa, representando assim, o conjunto de formas de pensar, agir e sentir dos nossos alunos.